Por Marina Rodrigues
Um olhar atento leva-me até à superfície destas asas que me transportam até ao infinito. Por vezes as rugosidades trazidas pelas tempestades não deixam que o voo se faça com serenidade e orientação, sendo necessário manter o foco e não deixar que as distrações me asfixiem e me façam mergulhar num túnel de turbulências.
Estas asas sensíveis, como o coração dos anjos, e fortes como o pulsar de um guerreiro, precisam de ser polidas, acarinhadas, vestidas com alegria e pintadas com as cores do amor.
A sua delicadeza vai-me revelando que é preciso torna-las mais leves, muito mais leves… eliminando as poeiras que os ventos da resistência vão depositando e soltando as amarras que as tornam prisioneiras das suas próprias certezas.
Oportunidade de observar o mundo de uma nova perspetiva, ouvir a voz dos anjos e sentir o cheiro do amor… confiar, abrir as asas e voar!
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