Por Marina Rodrigues
A solidão está no ar que respiramos... acompanhados ou sozinhos, em forma de medo ou de criatividade, ela está sempre lá!
A sua subtileza faz-nos ter a ilusão de que se esqueceu de nós, transportando-nos para um mundo imaginário, frenético e cheio de atividade, sempre em busca do reconhecimento dos outros. Mas este esquecimento é apenas aparente, uma pequena distração projetada pelo medo de a enfrentar.
A solidão obriga-nos a olhar as nossas construções e a encará-las de frente, mesmo quando os alicerces se mostram frágeis, vislumbrando-se um desmoronamento do edifício.
A solidão está sempre lá! Com ela podemos estar mais ativos do que nunca, podemos estar menos sozinhos do que nunca, podemos estar mais despertos e atentos do que nunca... bastando para tal enfrentar o medo.
Ao abraçarmos a solidão, juntamo-nos à sua subtileza e descobrimos a criatividade, o silêncio, a partilha, a descoberta de nós próprios... porque a solidão faz parte de nós!
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